Acabei de ler há pouco o álbum em quadrinhos "Cash, Uma Biografia", sobre a vida do Johnny Cash. A versão brasileira saiu pela editora
8Inverso, daqui de Porto Alegre mesmo. O livro é do quadrinista alemão
Reinhard Kleist, com tradução do jornalista
Augusto Paim.
Eu já sabia dessa biografia há um bom tempo, mas nunca esperei que fosse lançada aqui, o que me fez até cogitar comprar a edição americana quando fosse lançada, apelando pro velho ebay. Que bom que não foi preciso.
A história é super fluida, e mostra um lado bem diferente do que foi mostrado no filme Walk The Line. Por exemplo, no filme a versão é de que a música que encantou os ouvidos do Sam Phillips foi "Folsom Prison Blues", e como se esse tivesse marcado a estréia de Cash. Que nada, o primeiro single veio com "Hey Porter" no lado A e "Cry,Cry,Cry" no lado B. E por aí vão outras coisas deixadas de lado pela versão de Hollywood. A mais gritante é a experiência mística na caverna Nickajack, que trouxe o músico de volta da morte certa. Durante a narrativa algumas canções são ilustradas em uma ou duas páginas de quadrinhos, com o protagonista tendo a fuça igual à do cantor, como "Don't Take Your Guns to Town", "Cocaine Blues" e "A Boy Named Sue". Outra coisa pra destacar também é o glossário no final, com algumas definições bem objetivas de coisas como rockabilly e hillbilly, estilos que não são muito bem compreendidos por muita gente (tipo, rockabilly ser o mesmo que rock anos 50).
Olhando o blog do tradutor, vi as fotos do evento de lançamento que aconteceu no Instituto Goethe de Porto Alegre, que acabei não indo. Saco! Poderia ter ganho um desenho inédito do alemão na parte interna do livro! Já mandei um cometário lá, pedindo mais publicações do quadrinista, principalmente a biografia do Elvis que ele também fez.
